Olá leitor! Hoje vamos falar um pouco sobre a preparação de amostras por via úmida, uma técnica comum em laboratórios, especialmente em química analítica e ciências biológicas.
Já mencionamos que o processo se inicia selecionando e removendo uma pequena e representativa parte de um todo, denominada amostra, a partir da qual será feita análise. Essa abordagem envolve o processamento de amostras em meio líquido para facilitar a manipulação, a extração de componentes específicos e a análise subsequente. Útil para a determinação de baixas concentrações de elementos em vários tipos de amostra, porque muitos analitos de interesse são convertidos sem cátions inorgânicos simples não voláteis, que permanecem em meio ácido.
A decomposição de materiais orgânicos ou biológicos por via úmida implica em aquecimento da amostra na presença de um ácido mineral oxidante concentrado, de misturas de ácidos oxidantes, ou mistura de um ácido oxidantes com peróxido de hidrogênio.
A principal vantagem, com relação à maioria dos métodos de decomposição por via seca, são as menores temperaturas empregadas, o que diminui os riscos de perdas por volatilização.
Em geral, a amostra deve ser convertida em uma forma adequada para que a espécie química de interesse seja determinada.
Torna-se possível oxidar completamente a maioria das amostras, deixando os elementos a serem determinados na solução ácida em formas inorgânicas simples e apropriadas para análise, se os ácidos forem suficientemente oxidantes, e se o aquecimento for feito a temperaturas elevadas durante um período de tempo adequado.
Como já mencionamos trata se de um processo essencial para análise química e o estudo por via úmida envolve a identificação e quantificação dos elementos desejados presentes em uma amostra líquida usando diversos métodos, como:
- Pulverização ou Moagem:
Em alguns casos, a amostra pode precisar ser pulverizada ou moída para aumentar a área de superfície disponível para reações químicas ou facilitar a extração de compostos.
- Extração:
A extração é um passo crítico na preparação de amostras. Ela envolve a remoção dos componentes de interesse da matriz da amostra. Existem várias técnicas de extração, como extração líquido-líquido, extração em fase sólida (SPE), extração por solventes, entre outras.
- Digestão:
Em algumas amostras, é necessário realizar uma digestão para decompor as moléculas complexas em formas mais simples. Isso pode ser feito por meio de reações químicas controladas.
- Filtração:
Após a extração, a amostra pode passar por um processo de filtração para remover partículas indesejadas e impurezas.
- Concentração:
Em muitos casos, a concentração da amostra é necessária para aumentar a sensibilidade da análise. Isso pode ser alcançado evaporando o solvente ou utilizando técnicas específicas de concentração.
- Ajuste de pH:
O ajuste do pH pode ser necessário para otimizar as condições de reação durante a preparação da amostra. Isso é especialmente importante em métodos analíticos que são sensíveis ao pH.
- Armazenamento:
Após a preparação, as amostras podem precisar ser armazenadas adequadamente para evitar alterações antes da análise. Isso pode incluir refrigeração, congelamento ou o uso de conservantes.
- Validação do Método:
Antes de realizar análises em larga escala, é importante validar o método de preparação de amostras para garantir sua eficiência, precisão e reprodutibilidade.
É importante notar que a preparação de amostras por via úmida pode variar significativamente dependendo da natureza da amostra e da análise desejada. Métodos específicos e considerações adicionais podem ser necessários com base nas propriedades químicas e físicas da amostra.